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Open Banking: entenda melhor essa plataforma que pode ser muito positiva para clientes

O Open Banking é uma plataforma supervisionada pelo Banco Central (BC) que vai permitir que pessoas compartilhem dados pessoais com instituições financeiras para receber um atendimento diferenciado. Claro que tudo sob autorização.

João André Pereira, chefe do departamento de regulação do BC, afirmou à Folha de S. Paulo que “estamos criando o maior Open Banking do mundo e batendo vários recordes mundiais […]. Batemos recordes em tempo de implementação, quantidade de chamadas [integração entre instituições] e quantidade de participantes“.

Como está sendo a implementação do Open Banking?

O Open Banking é algo nunca antes visto no Brasil, mas que já acontece em alguns países do exterior. De acordo com o BC, o compartilhamento das informações só poderá ser feito após a autorização do cliente e se for informada a finalidade e o prazo de uso dos dados. Os clientes também têm direito de cancelar esse consentimento a qualquer momento. Mas é fato que algo que pode ser muito positivo aos clientes.

Com isso, a primeira fase do projeto de implementação do Open Banking no Brasil contou com a abertura de informações básicas pelos bancos, como canais de atendimento e serviços oferecidos, entre as próprias instituições financeiras. 

Pereira explica: “os 11 maiores bancos brasileiros são obrigados a aderir. Outras empresas que são autorizadas, reguladas e supervisionadas pelo BC também podem aderir, mas não é compulsório […]. A partir da implementação o cliente vai ser alertado sobre a possibilidade de utilização do sistema […]. Os aplicativos dos bancos efetivamente vão ter a possibilidade de aderir ao Open Banking“.

A 2ª fase de implementação teve início ainda em agosto, e começou com mais de 100 instituições financeiras participantes, sendo 11 em caráter obrigatório, como já informado por Pereira. É nesta etapa na qual as pessoas vão decidir se permitem que outras instituições financeiras tenham acesso às suas informações.

Quais as vantagens do Open Banking?

A plataforma tem como finalidade gerar serviços diferenciais para os clientes. Uma delas pode ser a taxa do cartão de crédito que tende a ficar competitiva e clientes com saúde financeira muito comecem a ser recompensados, afinal, é uma demanda que já ocorre há muitos anos e pode influenciar o mercado de seguros e de consumo.

Outra vantagem para os clientes é que há uma possibilidade de os juros elevados que decorrem do encarecimento do crédito não sejam repassados diretamente aos clientes.

Quais os riscos do Open Banking?

Infelizmente, temos vivenciado alguns vazamentos de dados, como foi o caso da Perigos e incertezas da empresa de classificação de crédito Serasa Experian, que expôs dados de 220 milhões de brasileiros, incluindo nome, CPF, endereço, foto de rosto, entre outras informações. 

No entanto, mesmo que os dados do Open Banking estejam em sistema de segurança, existe sim a possibilidade de os dados vazarem. No entanto, os sistemas que têm sido adotados pelo BC costumam ter um nível de segurança elevado e os dados dos clientes já estão disponíveis aos bancos de origem e que a consequência legal de um possível vazamento será igual ao de um sistema fechado.

Segundo o BC, existem alguns clientes que serão obrigados a participar do Open Banking, que são “pessoas politicamente expostas” que terão seus fluxos de informação “flutuando” entre as instituições financeiras.

Quando o Open Banking começa a operar?

Ainda não se sabe ao certo, pois essa fase de implementação tem uma importância destacada, uma vez que depende da adesão das pessoas, porque é a partir dessa anuência que as instituições bancárias vão poder começar efetivamente a dividir a informação.

Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset, afirma que não há como saber ainda quanto tempo vai demorar para o sistema engrenar e os clientes começarem a receber melhores créditos, mas salienta as potenciais vantagens da plataforma.

O Open Banking não vai servir só para empréstimos de grande monta, empréstimos de imobiliária, financiamento de veículos ou coisa parecia, ele também poderia servir, de certa maneira, dada a saúde financeira de um cliente, no custo de um cartão de crédito, por exemplo. O spread bancário em cima de empréstimos pessoais e de empréstimos de cartão de crédito [no Brasil] estão entre os mais elevados do mundo“, comenta.

Escrito por:

Ronaldo Dias Oliveira

Ronaldo Dia Oliveira é Diretor da Brasil Price, Contador, Escritor e Palestrante. Com mais de 30 anos de experiência em negócios com foco especial em análise tributária e crescimento empresarial seguro por meio de contabilidade estratégica.

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