O débito com a Receita Federal chega a R$ 1,6 bilhão
Empresas nascem de acordo com a necessidade do mercado ou do novo empresário. Em boa parte das vezes, o novo ingressante no ramo reúne as economias de uma vida ou todo o acerto salarial do último emprego em busca do sonho de não ter mais patrão e assim nasce mais um Microempreendedor Individual, o MEI.
A crise econômica, porém, não está para brincadeira e acaba esmagando alguns sonhadores durante o caminho. Os que permanecem firmes na atividade seguram-se o máximo que podem para não fechar, e isto significa, inclusive, deixar de pagar algumas contas, em alguns casos.
Seja por mero esquecimento, ou até má fé, é alarmante saber que dos 6,7 milhões de microempreendedores (dados de fevereiro de 2017), 60% estão em débito com a Receita Federal, totalizando R$ 1,6 bilhão de débito.
Valor pequeno
Para o contador e diretor da Brasil Price, Ronaldo Dias, uma explicação razoável para o quadro de inadimplência é o valor pequeno do imposto para os MEIs que gera pouca preocupação e, como estes profissionais, por lei, não são obrigados a contratar serviços de assessoria contábil, as obrigações tributárias acabam passando despercebidas.
“O ideal seria que o pagamento fosse efetuado via débito em conta, pois o valor é muito pequeno. Outra opção é pagar para que um contador gere as guias tributárias mensalmente”, explicou Ronaldo.
Rotina contábil
O MEI deve incluir na sua rotina um controle rígido para o pagamento desse único imposto, pois, quando ele crescer e virar uma empresa de médio ou grande porte, muitos outros hábitos serão incorporados a sua rotina.
A partir do momento que, desde pequeno, o microempreendedor entende a necessidade de cumprir com suas obrigações tributárias e recebe a assessoria de um profissional contábil, melhores são as suas chances de permanecer no mercado e maior será a gama de oportunidades para que a empresa alcance novos patamares comerciais.
“Importante frisar que, em todo o Brasil, os escritórios contábeis trabalham com valores diferenciados para o MEI, justamente por entender que o volume de trabalho será pouco para o contador e porque os recursos do empreendedor são limitados. Mas o mais importante é cumprir com as obrigações fiscais”, finaliza Ronaldo.
MEI
A categoria dos Microempreendedores Individuais foi criada em 2009 para oportunizar a regularização de negócios informais com faturamento máximo de R$ 60 mil por ano. A única obrigação fiscal do MEI é pagar uma taxa de R$ 50,00, na média, à Previdência, ICMS ou ISS, dependendo do ramo de atividade.
Fonte dos dados: Fenacon
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