Para a Receita Federal, se aprovado, o projeto causaria prejuízo anual estimado em R$ 11,4 bilhões na arrecadação
O Projeto de Lei da Câmara (PLC 125/2015) que prevê o aumento do teto de faturamento anual do Simples Nacional de R$ 3,6 milhões para R$ 14,4 milhões pode esbarrar na necessidade de ajuste fiscal do Governo.
Para a Receita Federal, se aprovado, o projeto causaria prejuízo anual estimado em R$ 11,4 bilhões na arrecadação. O diretor de política e parlamentar da Federação das Empresas e Serviços Contábeis (Fenacon), Valdir Pietrobon, é contrário a ampliação do teto por causar perdas volumosas para os governos. Para a federação, o teto adequado seria de R$ 4,8 milhões.
O objetivo do projeto é ampliar o alcance do regime de tributação simplificada, gerando competitividade e incentivando o crescimento de pequenas e médias empresas, além de aumentar a formalização e a arrecadação.
Os novos valores de teto dariam às empresas a possibilidade de entrar no sistema de Lucro Presumido, segundo estudos realizados pela Secretaria de Micro e Pequena Empresa em parceria com o Sebrae outras instituições.
Outra mudança é a diminuição das tabelas e faixas de enquadramento e a inclusão de uma parcela a deduzir a cada mudança de limite de faturamento, reduzindo o impacto imediato de cada nova alíquota, impacto que tem feito com que algumas empresas optem por não crescer ou pela adoção de manobras contábeis.
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) avalia que os efeitos do Simples são menores que o propagado e que programas de formalização têm impacto pequeno na produtividade, geração de emprego e arrecadação.
Fonte original: Gazeta do Povo
Imagem: http://proficoncontabilidade.com/