Ministro da Economia diz estar aberto a sugestões de empresários
Em reunião com empresários, o ministro da Economia, Paulo Guedes, ouviu reclamações e sugestões sobre o texto da reforma tributária. O chefe da pasta econômica se mostrou confiante de que a reforma administrativa avançará em velocidade parecida no Congresso Nacional.
Grande parte dessa confiança está na colaboração do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para o andamento das pautas. Em paralelo, Guedes acenou para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), só que este apresenta alguma relutância.
O ministro se comprometeu com os empresários de que não irá aumentar a carga tributária das empresas e que também compensará o aumento do imposto sobre os dividendos com a redução do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ). Ao mesmo tempo, Guedes admitiu que o primeiro texto da reforma não era positivo para a iniciativa privada.
Entretanto, o aumento do imposto sobre os dividendos é algo que o ministro não abrirá mão, já que, segundo ele, sem a taxação não tem como haver uma redução mais expressiva do IRPJ, já que isso faria o governo deixar de arrecadar R$ 50 bilhões.
Com isso vem o impasse: Os empresários querem saber como é que essa conta vai chegar, já que o governo está em situação fiscal bem desfavorável. Fica ainda mais complicado porque a recuperação econômica e aumento de arrecadação não combinam com redução tributária.
Outro ponto importante discutido foi a complexidade que tem hoje na hora de pagar impostos, os empresários questionaram a não inclusão do Imposto sobre Serviços, de competência municipal, e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, de competência estadual, na simplificação tributária.
Guedes afirmou que todo pedido bem fundamentado será analisado pela equipe econômica.
Fonte: Fenacon ()
Imagem: Portal Contábeis